segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Nouveau riche

Meu amigo e artilheiro Paulinho Criciúma me manda uma foto tirada na bela ilha de Florianópolis.


Para quem não conhece, Jurerê Internacional é o lugar mais chique da capital catarinense e um dos mais chiques do país. Com Floripa na novela das nove, parece que o ego do pessoal de lá anda transbordando...

Acadêmicos da Redação

Depois de 20 anos de redação e de jornalismo diário, me livrei dos plantões de Carnaval. Virei "garoto de programa" e pude voltar a frequentar a folia.
Porém, me solidarizo com os coleguinhas que tanto ralam nesta época do ano (minha mulhe, inclusive).
Para animar o pessoal, posto aqui algumas versões de marchinhas famosas, enviadas pela amiga, e também jornalista, Claudia Tisato.
Que soem os clarins, maestro.

Salário do Zezé (versão de Cabeleira do Zezé)

Olha o salário do Zezé!
Será que ele é?!
Será que ele é?! (jor-na-lis-ta)
Olha o salário do Zezé!
Será que ele é?!
Será que ele é?!
Será que ele ganha o piso?
Será que ele é da ralé?
Parece repórter de rádio
Mas isso eu não sei se ele é.
Melhora o salário dele! (pã pã)
Melhora o salário dele! (pã pã)
Melhora o salário dele! (pã pã)
Melhora o salário dele!

Me dá um frila aí (versão de Me dá um dinheiro aí)

Ei, você aí, me dá um frila aí
Me dá um frila aí
Ei, você aí, me dá um frila aí
Me dá um frila aí.
Não vai dar?
Não vai dar, não?
Vou te ligar e ir à redação
Te enlouquecer de tanto insistir
Me dá, me dá, me dá (oi)
Me dá um frila aí.

A audiência do jornal (versão de A pipa do vovô)

A audiência do jornal não sobe mais
A audiência do jornal não sobe mais
Apesar de explorar só desgraça
O jornal já perdeu o seu gás.
Ele tentou uma chacinazinha
O Ibope não deu nenhuma subidinha
Ele tentou mais uma enchentezinha
O Ibope não deu nenhuma subidinha.

Passaralho(versão de Saca-rolha)

Cabeças vão rolar
Um pé na bunda eu não quero é levar
É o passa-passa-passa-passa-passaralho
Vamos saber quem vai sobrar!

Imprensa não é livre (versão de Cachaça não é água)

Você pensa que a imprensa é livre?
Imprensa não é livre, não.
Ser livre é falar verdades
Sem medo de uma demissão.

Ô, produtor (versão de Allah-lá-ô)

Ô, produtor, ô ô ô ô ô ô
Tu demorô, ô ô ô ô ô ô
Pra agendar a entrevista que me falta
A rival foi esperta
E furou a nossa pauta.

Pauteira(versão de Jardineira)

Minha pauteira, por que estás tão triste?
Mas que tragédia não aconteceu?
Não teve enchente, nem caiu barraco
Nenhum incêndio e ninguém morreu.

Nenhum riso (versão de Máscara negra)

Nenhum riso, ó, nem alegria
Mais de dez palhaços de plantão
Todo mundo festejando o carnaval na avenida
E a gente na redação.

Gigantes, desde pequeninhos

Por que será que o Carnaval mexe tanto com o carioca?
Por que ao ouvirmos um sambinha qualquer, os pés parecem ganhar vida própria e o corpo acompanha o balanço?
Será que está no sangue?
Ou será que é uma daquelas características adquiridas por nosso povo após tantos anos de roncos de cuíca e repicar de tamborins?


No Gigantes da Lira de 2011, uma dica para a resposta.
A folia carioca vem de berço.





Mas, apesar do bloco ser infantil, muito marmanjo entra no clima.
Esse casal estava fantasiado de sacos de pipoca.



Este outro aí, de Mônica e Magali.



E o pessoal aqui de casa foi de Família Midiática.


Deixemos as questões antropológicas pra lá. No Carnaval, o bom mesmo, é cair na folia.

Evoé, Momo...

Sempre gostei de Carnaval. Quando moleque ia aos bailes, como as fotos abaixo não me deixam mentir.



Em Petrópolis saímos de Mascarados. A fantasia se resumia a uma fronha na cabeça, com uma cara desenhada e voz disfarçada, para ninguém saber quem éramos. E saíamos pelas ruas pedindo: "Dá um dinheirinho aí".
Os bailes no Itaipava Country Clube também ficaram marcados. Foi quando as paqueras de Carnaval já pintavam.
Mas o Carnaaval de rua é que sempre me atraiu, desde os tempos da Banda da Sá Ferreira, em Copacabana.
Passei a acompanhar os desfiles de Escolas de Samba e, um dia, meu coração, até então portelense, se deixou levar pela bateria de Mestre André.



Uma de suas paradinhas, em frente ao local onde estava, ainda nas arquibancadas tubulares da Marquês de Sapucaí, me fez virar casaca. Tornei-me Mocidade.
Apesar de ter desfilado já 3 vezes (Mocidade, Beija Flor e Salgueiro), como já disse, o Carnaval de rua é o que mais me seduz.
Daí eu amar tanto Olinda. Foram 4 carnavais por lá e seriam muitos outros se não tivesse me enveredado pelo jornalismo (sempre de plantão no Carnaval).
O frevo ferveu o que havia de sangue pernambucano em minhas veias e me arrastou pelas ladeiras da cidade querida. Não há forma de visitar o Recife e não dar uma fugidinha para uma tapioca no Alto da Sé.


A alegria das pessoas, a vontade de brincar Carnaval, de se fantasiar, de abusar da irreverência, tudo isso me fez um olindense emérito.

"Ao som dos clarins de momo
O povo aclama com todo andor
O elefante exaltando as suas tradições
E também seu esplendor
Olinda, este meu canto
Foi inspirado em teu louvor
entre confetes, serpentinas, venho te oferecer
Com alegria o meu amor
Olinda, quero cantar
A ti, esta canção
Teus coqueirais, o teu sol, o teu mar
Faz vibrar meu coração
De amor a sonhar, minha Olinda sem igual
Salve o teu carnaval"

(Hino do Elefante de Olinda)

A retomada dos blocos no Rio me aplacou, um pouco, esta saudade. E acho que apesar do gigantismo de alguns blocos, a gente está entrando no ritmo gostoso do Carnaval de rua de lá.
Ia muito ao Simpatia e já levava minha filha, bem pequena, comigo.



Depois, com o aumento desproporcional do bloco "amarelo e lilás" e com a coincidência da data do desfile com o Gigantes da Lira, bloco infantil de Laranjeiras, passamos a optar pela General Glicério ao invés da orla de Ipanema.
Hoje prefiro os blocos menores. O Imprensa que eu gamo, deste ano estava sensacional.



O samba, como sempre, atualíssimo com suas críticas jornalísticas, falava assim:

"Vem descobrir minha matéria
E me decifrar nas entrelinhas
Usa e abusa do Glossário
Cai no samba, coleguinha!
Curte, cutuca, me segue
Faz do meu bloco a sua rede social
Vem pro Mercadinho, amor
É carnaval!
E fez-se a luz - Refrão
E facebook
E fez-se a unha da mão e do pé
Quem manda agora é a mulher
Lá, no Egito
Tutankamon na ditadura
Aqui, eu já nem sei
A múmia tem bigode e não larga a rapadura
Tô atrás de um furo
Vazou a fonte, “Wikimancada”!
O Papa liberou a borrachada e como fica?
Se em Brasília só se toca Tiririca
Repique chamou, bateria vai rufar - Refrão
O mestre apitou,
O show vai começar -
Laranjeiras, é agora
Imprensa Que Eu Gamo chegou a nossa hora"

Mas o pessoal precisa se organizar. No último sábado, o Bloco da Ansiedade, também de Laranjeiras reuniu uma bela orquestra de metais para arrastar quem, como eu, gosta de frevo. O bloco até que começou bem, com dois cantores lembrando canções famosas e animando o pessoal. Só que assim que o desfile começou e o caminhão de som dobrou a esquina da Gago Coutinho, parei de ouvir os cantores. Quando fui ver, o carro de som havia sumido e só restava a orquestra. Desanimei e fui pra casa,
Mas a folia está só começando e outros blocos vêm por aí.
Olha o Carnaval aí gente.... Segura, cavaco!!!!!!!!!!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Atômicos poderes

Vasculhando a Internet, me deparei com a seguinte manchete:
Projeto da Nasa restaura pinturas com oxigênio atômico

Fiquei intrigado e fui até o link de uma notícia publicada na revista Galileu, que dizia o seguinte:

"O Centro de Pesquisa Glenn, da Nasa, está testando um método que usa oxigênio atômico para restaurar obras de arte antigas que estavam aparentemente destruídas. O sistema inovador já ajudou a recuperar inúmeras pinturas de importância histórica de museus, galerias e igrejas... O processo, segundo a Nasa, remove da superfície da obra todos os materiais orgânicos, como o carvão ou fuligem, mas geralmente não afeta a pintura. Os pigmentos de tinta são inorgânicos e já foram oxidados, o que significa que o oxigênio atômico não irá danificá-los. Pigmentos que são orgânicos também podem ser preservados, com cuidados sobre o tempo de exposição ao oxigênio atômico".

Como nunca fui um aluno exemplar de Química, resolvi estudar um pouco mais para saber o que vinha a ser o tal oxigênio atômico, ao qual só fui apresentado hoje.
No site da NASA descobri que esse oxigênio é o resultado da separação dos átomos de oxigênio, aquele que compõe o ar que respiramos. Na prática, eles transformam O2 em O.

Durante a restauração, a obra é colocada em uma câmara de vácuo, onde o oxigênio atômico é criado. Dependendo da quantidade de danos, a pintura pode permanecer na câmara de 20 a 400 horas.


Entre as obras já restauradas pelo sistema desenvolvido na Nasa está a "Virgem da Cadeira", de Rafael.




Veja outro exemplo: um quadro da Igreja de São Estanislau antes e depois da restauração.


Uma pintura de Jackson Pollack, danificada em um incêndio, e um quadro Andy Warhol manchado com marcas de batom também passaram com sucesso por este processo.

No site da NASA também descobri que o oxigênio atômico é usado para fins medicinais. Ele ajuda a eliminar elementos que poderiam causar contaminação em cirurgias de implantes e também ajuda a texturizar polímeros usados em enxertos ósseos. Esse procedimento garante uma maior aderência do material ao osso humano.

Tudo bem, tudo sensacional. Mas não há como não ficar se perguntando: como é que um sujeito descobre essas coisas?????
Viva o conhecimento!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O ofício de escrever

Noutro dia, folheando uma antiga revista Manchete, do já distante ano de setembro de 59 (ou seja, de antes de eu nascer), me deparei com a crônica "Aventura do Cotidiano", de Fernando Sabino, que muito se relaciona com o post recente sobre Cora Coralina.
No texto, Sabino falava da grande quantidade de cartas que recebia de pessoas que diziam querer se tornarem escritores e afirmava não entender muito bem o porquê de tanta gente sonhar com uma tarefa que exigia tanto.
E, em um determinado trecho, que reproduzo aqui, Fernando descreve sua "batalha" diária em busca de um bom texto.

"Já gastei resmas e resmas de papel, e criei calos nos dedos martelando as teclas da máquina. Posso dizer que há vinte anos não faço outra coisa senão alinhar palavras, teimoso como um jumento, perseguindo a vocação esquiva. E se continuo insatisfeito, pelo menos me contenta a desconcertante certeza de que estou sempre começando e cada vez há mais a aprender."

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

QUE CAMISA É ESSA????

Pior do que a derrota para a França nesta quarta-feira (9 de fevereiro) só a nova camisa da Seleção Brasileira. Agradeceria muito se alguém me explicasse a razaão daquela barra verde bem no peito dos jogadores, Parece que cancelaram o patrocínio e botaram uma tarja em cima. E os números? São ainda mais ridículos.


Que diferença para a camisa da França, também da Nike, mas muito mais bonita: clássica e sem papagaiada.


A "Amarelinha", uniforme mais valorizado do futebol mundial, tem passado por diversas metamorfoses "nikeanas", cada uma mais duvidosa do que a outra.


Há pouco tempo, como se o céu se abrisse e uma luz divina iluminasse a prancheta dos designers da multinacional, se fez uma camisa em homenagem ao Tri. Uma beleza que deveria ser eternizada.



Mas os lucros obrigam a empresa a inventar novas camisas para incentivar as vendas.


R$ 190,00 ????????????????????????
Essa camisa, nem dada pelas mãos do Pelé.
Vade retro.

Em tempo.

Quando disseram que o Brasil tinha que acabar com o tabu, não explicaram para o Hernanes que este não era o primeiro nome do jogador francês Benzema. Aí ele fez o que fez.






domingo, 6 de fevereiro de 2011

Arapuca rima com Skavurzka?

Este post é um alerta para os clientes da NET que possuem o tal NET Fone.
Vocês sabiam que as ligações para o serviço de atentimento da NET através do telefone 4004-7777 são cobradas?
No meu entender, um absurdo, já que só ligamos para este número quando temos que reclamar sobre algum problema provocado pela própria NET.
Foi o que aconteceu comigo no início de janeiro, quando o sinal de minha TV simplesmente desapareceu e não voltou nem mesmo após uma visita técnica. Por isso mesmo passei longos períodos no telefone com eles até que tudo fosse sanado.
Minha surpresa se deu ao ver minha conta telefônica, na qual estavam sendo cobrados cerca de 14 reais por 1h30 de ligações para a central de atendimento.
Agora vejam a incongruência... Um dos maiores apelos publicitários para as pessoas optarem pelo tal NET Fone é o fato de que as ligações entre NET Fones são gratuitas. Mas, pasmem, a NET não tem NET Fone......


Liguei para lá, para reclamar e pedir o estorno, mas fui informado que isso seria impossível, já que eles possuem um número para chamadas gratuitas (10621), indicado na revista da NET.
Fui lá olhar e constatei o dolo contra o consumidor:


-  Eles indicam dois números, mas não especificam que um deles é gratuito.
- Como você pode ver na imagem acima, eles indicam que para a solução de problemas técnicos deve-se ligar para o 4004-7777 (pago), embora, na prática, o atendimento seja igual nos dois números.
Com o impasse decidi entrar no Juizado de Pequenas Causas. Acho que só doendo no bolso é que esses caras se mancam.
Por sorte já soube que a GVT, empresa francesa, da qual já tive boas referências de amigos de Niterói, deve passar a oferecer serviço de TV por assinatura a partir de março.
Quem sabe se com mais concorrência a NET não passe a oferecer um serviço melhor...
E só pra terminar: Skavurzka é o cacete....

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

As saborosas palavras da doceira Cora Coralina

Quem nessa vida, por paixão ou devaneio, já não tentou escrever um poema?
Durante alguns anos de minha juventude escrevia versos em profusão. Pedia ajuda às palavras para expor meus sentimentos, ainda que só para mim mesmo. Não vou dizer que eram bons poemas (longe disso), mas, com toda certeza, cumpriram seu papel.
Não os guardei e acho que fiz bem. Hoje, não tenho dúvidas, soariam bobos, ingênuos, imperfeitos... Porém, como me fazia bem escrevê-los, fosse numa mesa de bar, regada a chopes, fosse no silêncio do meu quarto.
Foi nessa época que meu amor pelas palavras recrudesceu.
Descobri autores, a prosa, a poesia.
Sorvia Vinícius, me encantava com Veríssimo (o pai), deslumbrava-me com Drummond.
E o que falar das letras das músicas de Chico, Caetano, Gil...
Estava definitivamente entregue a esta paixão.
Depois vieram tantos outros, de tantos estilos diferentes, mas, desde sempre, os que mais me atraíram foram aqueles autores que com uma naturalidade que mais parecia beirar a displicência, conseguiam expor suas ideias, suas histórias, seus causos, como se estivessem ao meu lado, como se fossem velhos conhecidos.
Foi por isso que sempre amei a obra de Fernando Sabino; por isso que os poma de Mário Quitana tanto me atraem.



Tudo que escrevo, ou que escrevi até hoje tenta seguir esta linha. Fazer com que meu texto flua, que seja lido com prazer. O mesmo prazer com que os escrevo.
Neste fim de semana, mais um autor entrou para este meu hall de favoritos. Trata-se de Cora Coralina.



O mais curioso é que, apesar de nunca ter lido nenhuma obra dela, sua figura sempre me fora muito simpática, cativante.
Tempos atrás, tentei ver uma exposição sobre ela no Museu da Língua Portuguesa, em Sampa, mas quando lá estive, a mostra já tinha saído de cartaz.
O destino, no entanto me deu mais uma chance. Ao visitar o Centro Cultural Banco do Brasil para ver a ótima exposição sobre Escher (eu recomennnnndo...), tive a bela surpresa de descobrir, no segundo andar do CCBB  aquela mostra sobre a poeta goiana, só que, agora, ampliada.
Foi paixão ao primeiro texto.
Os trechos recolhidos pelos organizadores mostravam um casamento perfeito entre singelez e força.

Sozinha...
Na estrada deserta, sempre a procurar
o perdido tempo
que ficou pra trás.

Do perdido tempo.
Do passado tempo
escuto a voz das pedras:

Volta... Volta... Volta...
E os morros se abriam para mim
imensos braços vegetais.

As imagens, nas dezenas de fotos me transportaram para o coração do Brasil, um canto do país tão diverso do que vivemos e que acompanhou a trajetória desta mulher, que soube fazer sua história, com determinação e paixão, como ela mesma afirma neste trecho do livro "Vintém de cobre":

Eu sou aquela mulher
a quem o tempo
muito ensinou.
Ensinou a amar a vida.
Não desistir da luta.
Recomeçar na derrota.
Renunciar a palavras e pensamentos negativos.
Acreditar nos valores humanos.
Ser otimista.



À frente de seu tempo,  Ana Lins dos Guimarães Peixoto (seu verdadeiro nome), lutou pelos direitos da mulher em tempos em que isso era quase uma blasfêmia e só conseguiu lançar 3 livros em vida, o primeiro aos 76 anos de idade e o último aos 94.
Se dizia melhor doceira do que poeta e considerava a culinária a maior das artes.



Mas, deliciosos, são mesmo seus versos e percorrer esta exposição é se fartar deles e depois ainda lamber os dedos.
Para fechar, um trechinho que cita justamente o que estávamos falando lá em cima: o ofício de escrever e o talento de escrever bem.

Poeta é ser ambicioso, insatisfeito,
procurando no jogo das palavras,
no imprevisto do texto, atingir a perfeição inalcançável.